sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Apenas seja

Sabe aquela pressão? Não, estou falando daqueeeela pressão que as pessoas botam em você o tempo todo? Faça isto, não faça aquilo,aja assim, pense assado... você é isso e aquilo e aquilo...rs... Pois bem, infelizmente, vivemos em um mundo onde são poucas as pessoas que se realizam (na grande verdade de que realização é uma busca constante) e ficam frustradas...decidem, então, esvair um pouco desta frustração tornando outras pessoas tão frustradas quanto elas... Não, não é uma brincadeira... Pense nas pessoas que passaram por sua vida, com certeza irá identificar ao menos um exemplo de alguém que falava mal, estava sempre criticando suas ações e escolhas, se cometesse algum erro, então, nem se fala...referia-se à você com alguns adjetivos indignos de citar neste blog kkk... Mas, olhe só, você não é o único a vivenciar esta situação, contudo, é o único exemplar de si mesmo rsrs... Não há outra pessoa como você na Terra, com seus sonhos e gostos, suas qualidades e fraquezas, que cresceu com erros, que pensou de novo antes de cometer a mesma tolice que já viveu. Ninguém com sua intensidade e bravura, nem mesmo com seus medos. Isto é uma grande honra para qualquer um de nós. Não permita que a amargura enraizada nos corações alheios torne seus dias menos doces. Não abra mão de seus sonhos só porque alguém não acredita neles. Não mude seu jeito só porque não agrada à alguns... O próprio Jesus que apenas beneficiou pessoas, não agradou a todos... A vida não é um rascunho. Você só tem esta oportunidade de correr atrás de suas metas, chorar algumas desilusões, mas, hora ou outra, acertar o passo. Amar, namorar, casar, ter filhos, plantar livros ou ler árvores (kkkk). Não importa o que tenha que viver, viva. Você só tem uma oportunidade de ser você mesmo.

domingo, 26 de outubro de 2008

Duro de matar parte... nem sei que parte

Estava meio cansada, muito trabalho, correria, preocupações, pois é, mais um dia começou. Bom, estava lá, sentada à frente do computador sem ter a menor idéia do que fazer da vida. Aí alguém teve a inteligente idéia de dizer "Ei, Drika, nada de pensar em morrer, hein...". Era o que eu precisava... Disparei a rir e fiquei assim um bom tempo... até chorei rs. Ao final da sessão gargalhada, eu estava mais calma, a mente mais aliviada e com o raciocínio à minha mercê rs, poderia usá-lo, afinal, para resolver minhas coisas. Você pode se perguntar, por que uma idéia destas me faria rir? Ah, mas, acredite, eu tenho uma ótima resposta: oito anos atrás, tive uma um choque no parto,uma espécie violenta de eclampsia, fiquei mortinha da silva por uns quinze minutos e quase matei os médicos de susto quando comecei a tossir... foi maravilhoso, pára dizer o mínimo. Mais alguns anos, e descobri uma leucemia... (oi família, eu não disse nada à vocês porque não queria que ficassem preocupados rs, ou me matassem de vez de tantos cuidados que venham roubar-lhes tempo e energia, afinal, conheço-os há 34 anos), dois meses de médicos e remédios e eu já não tinha estômago para nada...três filhos ´para criar, tinha que estar lúcida, parei com tudo (crianças, não façam isto em casa sem a ordem de Papai), logo depois fiz novo exames e nada, cadê a tal? Mais um ano se passou e tantas preocupações, vida agitada e pahhhh, um enfarto aos 32 anos... deveria ter sido fulminante, mas, não foi... estou aqui, afinal... ah, mas, não acabou... outro ano se passou e olha um princípio de derrame, nada mais grave, passou... bom, para encerrar, um deslocamento no maxilar sem um soquinho sequer para explicá-lo... E parece que é de família, meus três filhos foram desenganados, o mais velho aos 11 meses ( a médica disse - levepara morrer em casa rs) , a do meio aos dois anos (palavras do doutor: esta criança é pré-óbito)e o menor na gravidez (nossa, esta foi anti-profissional de tudo: pode parar de chorar, seu filho está morto.Passe aqui amanhã para fazermos uma cirugia). Estamos todos aqui rs. Não estou preocupada em provar isto para ninguém, não vivo disto rs. O que quero dividir com você é que ninguém faz hora extra na Terra. Há um momento determinado para isto também. Se Deus teve todo o trabalho de ressucitar, curar, livrar desta forma há um sentido, algo que devemos viver e ainda não aconteceu. O que estou dizendo, é que não adianta nada suspirar pela morte, na melhor das hipóteses, você viverá uma espécie de coma-lúcido onde ficará inerte vendo a vida passar, enquanto apenas envelhece. Então, viva cada dia com seus problemas e alegrias. Não roube de si mesmo o direito de aproveitar o melhor que esta vida oferece. Se eu cair durinha daqui cinco minutos, tudo bem, está feito. O que vale é respirar enquanto se vive e não passar pela vida como se ela não te pertencesse.

Como sair da solidão

Enquanto a vida segue ; enquanto milhares de pessoas vêm e vão de forma alucinada; enquanto sons enchem nossas cabeças... Enquanto estas e tantas outras coisas acontecem cotidianamente, podemos, sim, sentirmo-nos sozinhos no meio da multidão. Podemos imaginar o que seria a vida se fôssemos vistos como realmente somos em todos nossos predicados. Podemos chorar por aqueles que nos abandonaram, quando mais precisamos deles. Podemos condoer-nos com os fracassos que nem sempre explicamos ou entendemos. Podemos perder a fome e sono e zique-zaguear pela casa sentindo frio na mais quente noite do ano. Podemos gritar a plenos pulmões as injustiças que vivemos... Sim, podemos, porque é real, não mera imaginação. Podemos porque a vida nem sempre é justa. Podemos, mas, não devemos... Pense nisto: quanto tempo você já perdeu se sentindo o pior ser humano do mundo ? Quantas vezes sentiu-se vencido pela opinião alheia, ainda que não espelhasse lá a verdade? Você pode fazer exatamente aquilo que quer fazer. E se é assim para sofrer a solidão, a dor e o desespero, por que não seria para realizar sonhos? Jesus disse que deveríamos amar nosso próximo como a nós mesmos e aí mora um grande problema. É muito fácil amar o outro e aceitá-lo como é, porque logo ele se vai. Mas, você vive consigo o tempo todo. A capacidade de amar-se e aceitar seus declínios, suas falhas, seus medos é o que vai decidir como e quando terminará seu ciclo de dor e tristeza. Quer ser amado ? Proponho um desafio. Vá até seu espelho e olhe bem para a pessoa que está lá... pense nela, sinta-a e diga, de todo coração o quanto a ama. O amor é perdoador: perdoe-se. O amor tudo sofre: sacuda a injustiça e prossiga. O amor tudo espera: busque esperando alcançar. Como vê, solidão é tão real quanto o oposto dela. Muitas pessoas gostam de acariciar a depressão como se fosse algo precioso: não é. Só lhe trará destruição e mais dor ainda. Não pense que me é mais fácil falar que viver suas situações. Todos nós temos as nossas, mas, preciso continuar caminhando porque sei onde quero chegar. Se há alguém que pode destruir sua vida, frustrar seus sonhos e impedir que conclua seus projetos, esta única pessoa, leva seu nome... é você mesmo. Então, convido-o ao mundo real onde milhões e milhões de pessoas suicidam-se todos os dias por sentirem-se sozinhas e, a única verdade, é que não ousaram encontrar-se. Encontre-se e ouse ser exatamente... quem você é.

Geração tecnologia

Dia desses, eu estava no trem rumando à estação da Luz. Acabar de ler meu livro e não tinha absolutamente nada a fazer durante o percurso, senão observar a tão conhecida paisagem cheia de postes, fábricas, casas antigas... o de sempre. Passei então,a observar os outros passageiros e notei algo em comum: muitos (mas, muitos mesmo!) deles usavam fones de ouvidos. Percebei que eles balançavam seus corpos de maneiras mais diversas, como se uma inaudível música tocasse e cada um dançasse à sua maneira. Ri baixinho, a cena era engraçada. Lembrei então, de anos atrás quando eles não faziam parte de nossas vidas (não os passageiros, os fones de ouvido). E as pessoas sorriam umas para as outras. Costuma ouvir aqui e ali pequenos trechos de histórias memoráveis, rs, algumas bastante divertidas. Gente que dividia o desconforto e a vida com outros que sequer conhecia, mas, era tão real! Estamos vivendo a geração do Ipod, um modismo fantástico criado pelos gênios da tecnologia. O problema é que, pensando bem, pessoas vão e vêm com suas mentes distantes, longe das demais pessoas e "ai-não-pode", com o perdão do trocadilho furado rs. Fico imaginando se não sentem falta de ouvir sons normais: carros, gente falando, passarinhos em algum lugar, o som da chuva... A tecnologia tem avançado de forma assustadora, com a internet e seus veios, os orkutianos (hei, eu tenho um profile, me procurem lá , ok? rs) que trocam informações nem sempre dignas de credulidade, o msn que aproxima as pessoas de forma até abrupta e com uma linguagem própria que é, para mim, o pior "dialeto" de que já tomei conhecimento, youtube berrando intimidade, mas, enquanto as salas de bate-papo superlotam, o mundo real carece de pessoas reais. Talvez não possamos transoformar o mundo e garantir a paz mundial (desculpe, eu sempre quis ser miss), mas, podemos tornar o mundo de alguém melhor com nosso afeto, nossa presença, nosso abraço. Mas, Deus, o criador, nos fez seres livres! Brindemos às descobertas tecnológicas e aproveitemos ao máximo as facilidades que elas nos trazem de bandeja... mas, que não nos esqueçamos que elas foram criadas para nos servir e não para que nos tornássemos escravos delas.

Rir é o melhor remédio

Toda família tem um palhaço... a minha é um circo! Se existe uma coisa bem armazenadinha em minha memória, é a incompreensível (porém, muito bem vinda) alegria que marca minha família. Gosto de rir. Rio muito, faço piadinha com tudo, e na maior parte do tempo, estou saturada de trabalho e questões importantes pendentes. A Kátia minha irmã mais velha, é minha hiena predileta. Nos sentamos para contar os problemas, descontar um pouco da TPM, xingar alguém e pronto e já estamos rindo de chorar. Besteira pouca é bobagem, quanto mais sério o assunto, mais nós rimos, imaginando formas mirabolantes de resolver. A Carla é a intelectual da família, mas se de médico e louco todo mundo tem um pouco, de intelectual e palhaça não seria menos. Noutra noite passamos horas no msn inventando notícias sobre a família, hilário: tem Tony Ramos Cover, John Travolta em Barueri, tia ninja... O Luís é mais normal rs, ou seja, se diverte muito menos. Meus filhos são divertidíssimos, puxaram a mamãe... Gostamos de brincar com tudo, inventando e encenando histórias, cantando e rindo muuuuito e Deus foi tão legal comigo, que minha norinha do coração já veio com nariz vermelho e tudo. Meu pai tem uma veia cômica daquelas, ah, eu sei quem eu puxei, embora minha mãe não fique atrás...tios, tias, primos... o negócio é rir. As pessoas com quem convivo sempre estão rindo comigo, porque gosto mesmo deste hábito. Agora, é óbvio que minha vida ou de qualquer um de minha família não seja perfeita. Temos problemas, alguns muito sérios. Tão pouco levamos a vida na brincadeira. Somos pais, filhos, profissionais com toda responsabilidade que isto significa. Mas, pense nisto: somos meros turistas nesta Terra. Se meu momento com qualquer pessoa pode ser o último (o que não me cabe saber) que seja o melhor, mais divertido, mais feliz. Se ontem fiquei melancólica pelo que for, mais uma razão para eu ser feliz em dobro hoje. Sorria para vida... Ela não está preocupada se você tem cáries ou que precisa de um aparelho urgente. Plante aquilo que deseja colher. ninguém veio a este mundo desejando ser infeliz, todos buscamos a realização e felicidade... plante-a. Plante-a aproveitando cada instante com sua família, com seus amigos, sorria para as pessoas na rua, elas podem até pensar que você é um maluco que acabou de escapar no hospício, mas, esta atitude tão simples, vai lhe trazer muita, muita paz. Problemas sempre existirão, o próprio Cristo disse isto (rimou, viu?) e você tem todo o direito de sapatear por causa deles, mas, quando as pernas começarem a cansar em virtude deste esforço vão...apenas sorria... Você fica mais bonito e vai descobrir que a vida também.

Mataram mais um...

As mídia bombardeia nossas vidas com notícias sobre terríveis homicídios entre pais e filhos, de amores patológicos e tantos outros. É uma enxurrada diária de sangue e dores, vidas ceifadas, famílias destruídas...uau! Mas, até onde isto tudo realmente importa? Sim, até onde? Parece-nos como um modismo: vimos Suzana "matei papai e mamãe", a morte trágica da pequena Isabela e quem está na crista da onde é o caso Eloá... Todos os dias vemos crimes passionais ou não, que contam com requintes de crueldade capazes de estremecer até os mais durões. Contudo, tambem todos os dias milhares de milhares de anônimos são mortos sem que se fale do assunto. Gostamos de dividir nossa compaixão entre os nossos e fingir que não temos nada com isto. Mas, temos. Mortes acontecem quando uma pessoa normal, com problemas normais discute no trânsito por qualquer razão. Acontecem quando depois daquela balada alguém decide dirigir e esquece que quem pode ser movido a álcool é o veículo. Ocorrem quando órgãos são enterrados com pessoas que poderiam ter sido doadoras e não foram. Existem quando a fome alcança uma mãe gestante. Quando o filho de alguém resolve que é dono do próprio nariz e valentemente se embrenha na covardia que é fuga nas drogas. Olhe ao redor, reflita. Paz não é utopia, é princípio. Se quero paz, tenho que levar uma vida que proporcione paz não apenas à mim, mas, ao mundo que me cerca. Ninguém jamais poderá sanar o que uma perda trágica produz. Não falo de traumas, mas, da ausência, do imaginar os últimos momentos do que se foi. Não precisamos nos deliciar no derramar de sangue longe de nossas portas, porque ele corre nas veias de cada um de nós. Precisamos dar passos que conduzam à conquista de dias melhores. Inocentes partem de forma absurda e as pessoas se perguntam que Deus é esse que permite tanto sofrimento! Deus não criou o sofrimento, ele faz parte das escolhas pessoais de cada um de nós. Mataram mais um, vamos vivenciar dramas de famílias que sequer conhecemos, mas, deixemos de lado o hábito de mero expectador. É agir aqui, você, eu , todos... É certo que não teremos um mundo perfeito, mas, ao menos nossas consciências estarão carregadas da certeza de que tudo fizemos enquanto nos foi possível, para que a vida apenas sorrisse.