domingo, 26 de outubro de 2008

Mataram mais um...

As mídia bombardeia nossas vidas com notícias sobre terríveis homicídios entre pais e filhos, de amores patológicos e tantos outros. É uma enxurrada diária de sangue e dores, vidas ceifadas, famílias destruídas...uau! Mas, até onde isto tudo realmente importa? Sim, até onde? Parece-nos como um modismo: vimos Suzana "matei papai e mamãe", a morte trágica da pequena Isabela e quem está na crista da onde é o caso Eloá... Todos os dias vemos crimes passionais ou não, que contam com requintes de crueldade capazes de estremecer até os mais durões. Contudo, tambem todos os dias milhares de milhares de anônimos são mortos sem que se fale do assunto. Gostamos de dividir nossa compaixão entre os nossos e fingir que não temos nada com isto. Mas, temos. Mortes acontecem quando uma pessoa normal, com problemas normais discute no trânsito por qualquer razão. Acontecem quando depois daquela balada alguém decide dirigir e esquece que quem pode ser movido a álcool é o veículo. Ocorrem quando órgãos são enterrados com pessoas que poderiam ter sido doadoras e não foram. Existem quando a fome alcança uma mãe gestante. Quando o filho de alguém resolve que é dono do próprio nariz e valentemente se embrenha na covardia que é fuga nas drogas. Olhe ao redor, reflita. Paz não é utopia, é princípio. Se quero paz, tenho que levar uma vida que proporcione paz não apenas à mim, mas, ao mundo que me cerca. Ninguém jamais poderá sanar o que uma perda trágica produz. Não falo de traumas, mas, da ausência, do imaginar os últimos momentos do que se foi. Não precisamos nos deliciar no derramar de sangue longe de nossas portas, porque ele corre nas veias de cada um de nós. Precisamos dar passos que conduzam à conquista de dias melhores. Inocentes partem de forma absurda e as pessoas se perguntam que Deus é esse que permite tanto sofrimento! Deus não criou o sofrimento, ele faz parte das escolhas pessoais de cada um de nós. Mataram mais um, vamos vivenciar dramas de famílias que sequer conhecemos, mas, deixemos de lado o hábito de mero expectador. É agir aqui, você, eu , todos... É certo que não teremos um mundo perfeito, mas, ao menos nossas consciências estarão carregadas da certeza de que tudo fizemos enquanto nos foi possível, para que a vida apenas sorrisse.

Um comentário:

Carlos Paulyno disse...

Oi, Drikinha...
Concordo com você!
Até quando? é a pergunta que até hoje os resaponsáveis pela impunidade não responderam.
Parabéns pelo Blogão... Tá muito legal!!